Vol. 7 Número 1 (2017)

Nesta edição, o periódico traz quatro artigos e duas comunicações. Dentre os temas abordados estão a inserção do Brasil no sistema mundial, contratações públicas com orçamento sigiloso, planejamento estratégico e os aspectos políticos da austeridade.

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Inserção do Brasil no sistema mundial, concentração de renda e o nível do salário mínimo

Fernando Sertã Meressi - sertameressi@uol.com.br
Analista de Planejamento e Orçamento. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Brasília, Brasil.
Marilia Steinberger - rtlia@solar.com.br
Professora do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM), ambos da Universidade de Brasília, Brasil.

Resumo: Este artigo analisa a relação entre a forma de inserção do Brasil no sistema mundial, a concentração de renda e o nível do salário mínimo. Para tanto, considera que dois fatores são fundamentais para determinar o valor do salário mínimo: a capacidade de geração de renda da economia e o seu padrão de distribuição. Sustenta que a capacidade de geração de renda é profundamente determinada pela forma que o país se insere no sistema-mundial. Propõe também que a elevada concentração de renda na sociedade brasileira é outro obstáculo à fixação de um nível de salário mínimo mais expressivo. O artigo se fundamenta em pesquisa bibliográfica e em análise de dados sobre a economia brasileira. Conclui que dois caminhos são necessários para elevar significativamente o nível do salário mínimo: maior especialização do país em atividades que geram alto valor agregado e melhor distribuição de renda.

Palavras-Chave: sistema mundial; concentração de renda; salário mínimo.
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A tensão entre eficiência e controle: uma análise discursiva sobre contratações públicas com orçamento sigiloso

Alexandre Araújo Costa - alexandrearcos@unb.br
Professor na faculdade de Direito da Universidade de Brasília, Brasil.
Otávio Ventura - otavium@gmail.com
Analista de Planejamento e Orçamento. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Brasília, Brasil.

Resumo: A tensão entre eficiência e controle é nítida nas contratações públicas, onde o Estado se relaciona diretamente com o mercado, o que exige controle, e por meio da qual o Estado faz muitas entregas à população, o que demanda e ciência. O propósito geral desta pesquisa foi investigar a relação entre discursos anticorrupção e pró-e ciência sobre contratações com orçamento sigiloso para tentar entender como os discursos que a rmam o primado de uma das dimensões consideram a outra. Foi analisada uma variedade de discursos de políticos governistas, políticos oposicionistas e agentes de órgãos de controle. Os resultados mostraram que a tensão discursiva entre e ciência e controle é muito ativa, embora resida em nível bem mais sutil que o suposto inicialmente pela pesquisa, o que revela a importância dos detalhes para identificar posições em discursos abstratos.

Palavras-Chave: eficiência, controle, orçamento sigiloso, contratações públicas.
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A formulação de um Planejamento Estratégico como inovação processual e organizacional – a experiência da CGU

Sérgio Roberto Guedes Reis - sergiorgreis@gmail.com
Auditor Federal de Finanças e Controle. Ministério da Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU). Brasília, Brasil

Resumo: Este artigo apresenta a experiência de elaboração do planejamento estratégico do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), expondo fases constitutivas e metodologias abordadas – o Planejamento Estratégico Situacional, o Balanced Scorecard e o Design Thinking. Enfatiza-se o seu caráter participativo, tendo-se em conta o envolvimento de todos os servi- dores da organização em cada etapa. Discorre-se, com base no Manual de Oslo, sobre as modalida- des de inovação que podem ser nele observadas, posicionando-o, então, como novidade processual e organizacional. Apresentam-se os desa os de conjuntura a tal iniciativa, como a sua adequação ao Plano Plurianual do governo federal e o contexto político nacional. Finalmente, prospectam-se desdobramentos: a possibilidade de o projeto vir a contribuir para a construção de um novo tipo de controle interno – mais produtivo e com menor ênfase em questões formais; e a sua caracterização como uma inovação de produto, caso avance no sentido de incluir em si a participação social em seu monitoramento e aperfeiçoamento, questão sem paralelo na experiência recente de planejamento estratégico institucional.

Palavras-Chave: planejamento estratégico, inovação, controle interno.
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Planejamento financeiro, poupança e investimentos: uma análise comparativa do mercado de títulos, suas rentabilidades e os índices inflacionários no Brasil durante o período de 2002 a 2016

Diego Felipe Borges de Amorim - diegofelipeborgesdeamorim@gmail.com
Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social. Porto Alegre, Brasil.

Resumo: O planejamento e a educação financeiros devem ser exercidos cotidianamente pelos indivíduos e pelas famílias de modo a proporcionar melhor qualidade de vida a eles. Entretanto, para obter bom desempenho é preciso que haja um conhecimento básico sobre as variáveis que impactam no custo do dinheiro, bem como os tipos de investimentos que oferecem melhores retornos aos recursos investidos. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é descrever de forma clara e simples ao leitor leigo a rentabilidade de alguns títulos em renda variável e fixa, comparando-os com as demais variáveis que impactam no retorno desses investimentos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa do tipo exploratória composta por técnica de análise documental. A amostra considerou o espaço temporal composto pelo período de 2002 a 2016, tendo em vista o desempenho anual de cada uma das variáveis e os impactos da inflação na rentabilidade e na lucratividade das aplicações. Os resultados obtidos evidenciaram o seguinte: alguns dos títulos em renda fixa ofereceram excelentes retornos, inclusive, superando a bolsa no longo prazo; que a poupança ficou aquém em relação aos retornos dos demais investimentos e; para que o investidor físico tenha máximo desempenho em suas aplicações se faz necessário saber calcular a rentabilidade real e a lucratividade desses investimentos, de forma a auferir o seu verdadeiro retorno.

Palavras-Chave: planejamento, educação financeira, rentabilidade de títulos
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Comunicações


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Planejamento Estratégico? Ele tem sido capaz de assegurar o sucesso das organizações?

Luiz Aires M. Cerqueira - luiz.cerqueira9@gmail.com
Analista de Planejamento e Orçamento. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Brasília, Brasil.
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A atual crise do capitalismo, os aspectos políticos da austeridade e seus reflexos no Brasil

Gustavo Souto de Noronha - noronha.gustavo@gmail.com
Economista. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Rio de Janeiro, Brasil
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Editor
Márcio Gimene

Equipe Editorial
André da Paz
Bruno Conceição
Daniel Conceição
Eduardo Rodrigues
Elaine Marcial
Gustavo Noronha
José Celso Cardoso Jr
José Luiz Pagnussat
Leandro Couto
Leonardo Pamplona
Mayra Juruá
Pedro Rossi
Raphael Padula
Ronaldo Coutinho
Thiago Varanda
Thiago Mitidier

Diagramação

Curupira Design

ISSN: 2237-3985

Uma publicação da ASSECOR